"Integridade é a soma de todos os valores absolutos, de todas as virtudes. É a ausência de falhas de caráter, de medo, de pensamentos e emoções negativas. Integridade é perfeição, inteireza, unicidade e completude" [LUCAS, L. F.].
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2022
Torna-te aquilo que és
ARTIGOS - IX Encontro Brasileiro de Administração Pública (IX EBAP)
terça-feira, 25 de outubro de 2022
Pavimentando o caminho para uma gestão pública eficiente: Coletânea de ensaios
sexta-feira, 7 de outubro de 2022
Pavimentando o caminho para uma gestão pública eficiente: Coletânea de ensaios
Henry FordEmpreendedor e engenheiro mecâniconorte-americano, fundador da Ford Motor Company.
____________________________________________________
122 p. ; 15,5x23 cm
sexta-feira, 15 de julho de 2022
O que significa integridade ambiental?
segunda-feira, 11 de julho de 2022
MODELO DAS TRÊS LINHAS DO THE IIA
Papéis da Primeira Linha:
Objetivos:
a) Fornecer apoio, monitoramento e questionamento quanto ao gerenciamento de riscos, incluindo:
b) Fornecer análises e reportar sobre a adequação e eficácia do gerenciamento de riscos.
Objetivos:
a) Liderar e dirigir ações e aplicação de recursos para atingir os objetivos da organização.b) Manter diálogo com o órgão de governança e reportar: resultados planejados, reais e esperados, vinculados aos objetivos da organização; e riscos.c) Estabelecer e manter estruturas e processos apropriados para o gerenciamento de operações e riscos.d) Garantir a conformidade com as expectativas legais, regulatórias e éticas
Obs.: Os papéis destas duas linhas podem ser combinados ou separados.
A independência da auditoria interna é fundamental para sua objetividade, autoridade e credibilidade.
É estabelecida por meio de:
a) prestação de contas ao órgão de governança;b) acesso irrestrito a pessoas, recursos e dados necessários para concluir seu trabalho;c) e liberdade de viés ou interferência no planejamento e prestação de serviços de auditoria.
Objetivos:
a) Prestar avaliação e assessoria independentes e objetivas sobre a adequação e eficácia da governança e do gerenciamento de riscos.b) Manter a prestação de contas primária perante o órgão de governança e a independência das responsabilidades da gestão.c) Comunicar avaliação e assessoria independentes e objetivas à gestão e ao órgão de governança sobre a adequação e eficácia da governança e do gerenciamento de riscos, para apoiar o atingimento dos objetivos organizacionais e promover e facilitar a melhoria contínua.c) Reportar ao órgão de governança prejuízos à independência e objetividade e implanta salvaguardas conforme necessário.
sábado, 19 de março de 2022
Por que precisamos de ‘lideranças de impacto’ na gestão pública?
“A aprendizagem e inovação caminham lado a lado. A arrogância do sucesso é pensar que o que você fez ontem será suficiente para amanhã”.
[William Pollard]
Por: Arlindo Nascimento Rocha[1]
Os líderes nascem ou são fabricados pelas circunstâncias?É um traço de personalidade inata ou pode ser aprendido?
Niterói, 15/03/2022
Este Artigo foi publicado na Coletânea de artigos: "pavimentando o caminho para uma administração pública eficiente", disponível AQUI
terça-feira, 1 de março de 2022
Importância das competências técnicas ‘hard skills’ para os sistemas de gestão
“A nova administração
pública requer cada vez mais de seus gestores, especialmente determinação,
busca constante de conhecimento e aperfeiçoamento, para realizar com sucesso
seus propósitos, a fim de ter um melhor desempenho no cargo.”
[John Lenon Teodoro]
Por:
Arlindo Nascimento Rocha[1]
Devido as grandes
transformações tecnológicas, políticas, econômicas e culturais, estamos todos imersos
em um mundo onde as mudanças acontecem de forma frenética e até descontrolada.
Logo, é redundante afirmar que vivemos uma realidade que exige constantes
atualizações para atender às necessidades do mercado.
No entanto, é um
imperativo mais do que necessário trazer à tona essa reflexão, uma vez que, o
mercado de trabalho está cada vez mais instável,
exigente e altamente excludente. Com esse cenário, certos gestores públicos e
privados foram induzidos, por muito tempo, a apostarem apenas em profissionais
com competências técnicas e individuais ao invés de priorizarem a formação integral
do capital social e humano.
Essa
estratégia fez com que muitos profissionais, e em grande parte, os que estão à
procura da primeira experiência profissional, a apostarem, também, na aquisição
de competências técnicas exigidas para poderem enfrentar situações cada vez mais competitivas.
Logo, além do conhecimento tradicional, considerado insuficiente
nessa atual conjuntura, todos precisam maximizar suas habilidades técnicas para
fazer face às demandas que o mercado impõe.
Para quem já se encontra
no mercado de trabalho e, certamente, com alguma segurança, também não é
diferente, pois, todos precisam atualizar continuamente. A exigência da atualização
das competências é uma demanda que acontece a uma velocidade que impele a todos
a caminharem em paralelo com os novos paradigmas da gestão de recursos humanos,
caso não se queira ser empurrado ao estado de obsolescência (aquilo que se
torna obsoleto). Tornar-se obsoleto (inútil) é um dos traços marcante da nossa
atual sociedade, principalmente, para aqueles que não se preocupam com o
desenvolvimento pessoal e profissional.
No artigo anterior
abordei o tema: Importância das habilidades interpessoais ‘soft skills’ no
ambiente corporativo em que enfatizei que estas são desenvolvidas ao longo
do exercício da vida profissional, através da vivência, da (re) interpretação e
da (res) significação das experiências concretas do dia-a-dia consideradas
essenciais para uma prática eficaz ligada, principalmente, à comunicação,
trabalho em equipe, relacionamento interpessoal, flexibilidade, comprometimento,
responsabilidade, resiliência, proatividade, integridade, liderança, pensamento
crítico, criatividade e empatia.
Para
demonstrar a importância das soft skills,
em 2019 a plataforma LinkedIn fez uma
pesquisa denominada Global Talent
Trends/2019 (Estudo Global de Tendências de Talentos/2019)
que contou com a participação de cinco mil (5.000) profissionais de trinta e
cinco (35) países. A pesquisa chegou aos seguintes resultados: 92% dos
participantes acreditava que as soft
skills são tão ou mais importantes que as hard skills; 90% acreditava
que as soft skills são essenciais para
o futuro das empresas; e, 89% acreditava que as contratações que não deram
certo, foi devido a falta de compatibilidade com as soft skills. Três anos depois, certamente, os resultados continuam
sendo os mesmos.
Soft skills (vs)
hard skills
No entanto, ao lado das soft
skills todos os profissionais, também precisam desenvolver suas hard
skills, ou seja, aptidões, habilidades e competências técnicas para o
desempenho de uma determinada atividade profissional. Atualmente as hard skills mais valorizadas estão
ligadas, principalmente, ao raciocínio analítico,
inteligência artificial, domínio
de Excel avançado, computação digital, operacionalização de
sistemas, gestão de projetos, gestão de pessoas entre outros.
Segundo
o empresário José Augusto Minarelli, autor da obra Empregabilidade: como entrar, permanecer e progredir no mercado de
trabalho (2016), as hard skills, configuram-se como o resultado de
conhecimentos técnicos adquiridos, de habilidades físicas e mentais, do jeito
de atuar e da experiência de cada um em particular. Sendo assim, possuir hard skills pode constituir uma condição
necessária para passar em um processo seletivo, porém, insuficiente para alcançar
sucesso pessoal e profissional.
Mesmo assim, as hard
skills, como veremos, são tão necessárias quanto às soft skills,
pois, ambas são recorrentes na gestão eficaz dos recursos humanos. Logo, são
fundamentais para o sucesso pessoal e profissional. Por isso, devem ser levados
em conta em todas as fases e etapas, não só dos tradicionais processos
seletivos, mas ao longo da vida profissional, pois, se as soft skills
estão ligados às competências comportamentais, as hard skills, por seu
lado, estão diretamente ligadas às competências técnicas de qualquer
profissional.
As
hard skills
Para
melhor categorizar as hard skills, pode-se agrupá-las, principalmente em
competências ligadas ao domínio de idiomas, ferramentas tecnológicas, noções
avançadas de programação, desenvolvimento de programas de computadores, domínio
de competências ligadas à aplicabilidade de normas jurídicas, a execução de
tarefas que exigem conhecimento de contabilidade, finanças, desenvolvimento e
gestão de projetos estruturantes...
Essas
competências podem ser adquiridas ao longo da vida acadêmica
através de diplomas de graduação,
mestrado, doutorado, certificados de qualificação profissional, cursos práticos
(workshops), cursos livres,
treinamentos sistemáticos e regulares, pelo autodidatismo e pela vivência profissional
como assevera Marcia Maria Bherin, em sua obra Gestão de carreira: gerenciando corretamente o seu crescimento
profissional (2015). Logo, o profissional que descuida da sua capacitação e
atualização constante, perde atratividade e competitividade pela acomodação de
fazer sempre a mesma coisa, ou seja, sem desafiar-se, sem sair da sua zona de
conforto.
Houve uma época em que muitas
instituições, em seu processo de formação e expansão, apostavam, basicamente, na
contratação e no desenvolvimento das hard skills de seus profissionais.
Ou seja, a alta administração das instituições focava,
ilusoriamente, apenas nas competências técnicas, ligadas à dimensão técnica do
trabalho efetuado e ao tipo de tarefa executada.
No
entanto, segundo Julia Zhu (nomeada pela Forbes
como destaque no ramo de comércio eletrônico em 2018), a máxima que conduz ao
sucesso é: “você sempre precisa das hard skills certas para realizar o trabalho, mas precisa das soft skills certas para um
desempenho excepcional”. É importante deixar claro, que uma não exclui a
outra, pois, ambas são pontos de partida para o aprimoramento profissional. Por
isso, os mercados estão cada vez mais atentos, pois, sabem o quanto as skills influenciam determinantemente os
resultados.
Por isso, atualmente a
tendência das instituições é tentar manter o equilíbrio entre as soft e
as hard skills, pois, de nada adianta ter um profissional tecnicamente
bem qualificado se não é capaz de lidar com os problemas e frustrações no
ambiente profissional. Especialistas concordam que, pouco ou nada serve um
currículo recheado de hard skills se o profissional não souber regular
suas emoções ou se relacionar com seus colegas de trabalho.
Logo, é um imperativo que
os gestores entendam que um servidor ou colaborador com elevados conhecimentos
técnicos não é, necessariamente, um excelente profissional. Para ser um
profissional de excelência, segundo especialistas em recursos humanos,
dever-se-á desenvolver competências variadas ligadas a: organização do trabalho,
flexibilidade na tomada de decisões, liderança democrática, desenvolvimento
pessoal, resolução de conflitos, noções básicas de gestão de pessoas,
proatividade, pensamento crítico e correlatos.
A aposta nas skills
transversais
O ideal para qualquer
gestor é apostar em profissionais que possuem, simultaneamente, competências técnicas adequadas, assim como
competências comportamentais, também adequadas, pois, ambas se
complementam reciprocamente. Logo, possuir competências técnicas, mas,
sobretudo, o controle das emoções é essencial para o exercício da profissão e o
desenvolvimento de boas relações no ambiente corporativo.
Sendo assim, os gestores
têm valorizado cada vez mais, as competências
transversais dos profissionais, necessárias para executar eficazmente qualquer
trabalho e exercer com eficácia qualquer profissão. A boa notícia é que grande
parte, segundo estudos recentes, está consciente de que, alguém que seja capaz
de desempenhar com excelência técnica seu trabalho, deve também estabelecer
bons relacionamentos, mostrar-se solidário, altruísta, e, sobretudo, demonstrar
empatia, o que a técnica pela técnica não permite fazer.
Desta
forma, para o desenvolvimento das competências transversais, segundo Bherin, o
servidor ou colaborador deve ser um profissional multidisciplinar, sendo capaz
de atuar em qualquer ambiente organizacional, proporcionando mudança e visão
organizacional. Então, baseado no que foi dito pela citada autora, infere-se
que, qualquer profissional deve comportar-se como se estivesse numa escada
rolante que apenas desce, por isso, é um imperativo não ficar imóvel. Logo,
necessário é, segundo a mesma autora, andar no mesmo ritmo da escada, ou, se
puder até mais rápido, só que em sentido contrário.
Nesse
aspeto, as instituições que apostam no desenvolvimento e aprimoramento das múltiplas
competências (skills) dos seus profissionais, geralmente, alcançam sucesso no mercado
onde se encontram inseridos. Então, quanto mais investimentos em capacitações
que visam aumentar as soft e as hard skills, mais sucesso será
alcançado, pois, todos são chamados à responsabilidade de aumentar a qualidade
e a produtividade no desempenho das suas funções, gerando assim, melhores
resultados.
Por
isso, capacitar-se passou a ser uma rotina obrigatória, ou seja, o interesse e
a curiosidade deve ser a marca registrada que cada profissional deve ter na
busca de aprimoramento das suas habilidades e competências profissionais. Mas,
é preciso ter muito cuidado, pois, segundo Minarelli, de nada adianta ao profissional
estar adequado às exigências da instituição, fazer cursos de atualização profissional
se não for idôneo, se não for capaz de estabelecer bons relacionamentos
no ambiente corporativo.
No entanto, é
absolutamente consensual entre especialista em recursos humanos que, o
equilíbrio entre as soft e as hard skills proporcionam muitos
benefícios às instituição e aos profissionais, pois, estes são mais propensos a
maximizar o desempenho individual e do grupo, a melhorar o clima
organizacional, a aumentar a autonomia, a qualidade das relações interpessoais,
a resolução de conflitos, a valorização do trabalho individual e coletivo,
deixando o gestor livre para gerenciar outros projetos visando melhores
resultados.
Para
finalizar, reitera-se o que foi afirmado por Teodoro na epígrafe deste artigo,
ou seja, os novos sistemas de gestão requerem
cada vez mais, determinação e busca constante de conhecimento e aperfeiçoamento
para realizar com sucesso seus propósitos. Por isso, aos profissionais
do setor público e privado e, especialmente, aos gestores, fica mais uma vez a
mensagem de Zhu: se quiserem ser bem sucedidos, precisam apostar nas hard skills certas para realizar um
determinado trabalho, mas, se quiserem um desempenho excepcional, devem
apostar nas soft skills
certas.
Niterói,
12/02/2022
[1]Atua como Consultor do Núcleo de
Integridade da Controladoria Geral do Município (CGM-Niterói). É autor das
obras: Entretextos: coletânea de textos acadêmicos. - 1ª ed. – Rio de
Janeiro: Editora PoD, 2017; Paradoxos da condição humana: grandeza e miséria
como paradoxo fundamental em Blaise Pascal. - 1ª ed. – Maringá: Viseu,
2019; Religar-se: coletânea de breves ensaios. - 1ª ed. – Maringá:
Viseu, 2020; Blaise Pascal: o caniço pensante. - 1ª ed. - Rio de
Janeiro, 2021 e de vários artigos publicados em revistas acadêmicas.
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