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quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Influência: a comunicação do dragão

 


A liderança integral é uma abordagem que combina autoconhecimento e impacto externo, simbolizada pelo lobo e o dragão. O lobo representa o desenvolvimento interno do líder, incluindo autoconhecimento, comportamento, transformação e autocontrole. Já o dragão simboliza a influência externa, abrangendo comunicação, estratégia, resiliência e legado. Essa jornada integra a adaptação às mudanças com a capacidade de inspirar e deixar um impacto duradouro. Juntos, lobo e dragão refletem a importância de equilibrar o crescimento pessoal com a influência que o líder exerce em seu ambiente.

O dragão, símbolo de poder e presença, também representa a comunicação eficaz, uma habilidade essencial para a liderança. Mais do que apenas transmitir informações, comunicar-se bem significa inspirar, guiar e construir relacionamentos sólidos. A comunicação eficaz combina clareza, empatia e assertividade, elementos fundamentais para criar conexões significativas e resolver problemas de maneira colaborativa.

 Na liderança, a capacidade de comunicação é crucial para transmitir visões, orientar equipes e construir confiança. Um líder que se comunica com clareza cria um ambiente em que as ideias fluem livremente, desafios são resolvidos com eficiência e a produtividade cresce. A comunicação eficaz não apenas fortalece o desempenho, mas também constrói respeito e confiança mútua, essenciais para relacionamentos duradouros.

 A arte de comunicar-se bem

Comunicar-se bem envolve mais do que palavras; inclui tom de voz, linguagem corporal e habilidades de escuta. Um líder que domina esses elementos pode influenciar positivamente a motivação e o comportamento de sua equipe. Para desenvolver essas habilidades, o primeiro passo é refletir sobre o estilo de comunicação atual. Pergunte-se: "Como os outros reagem às minhas palavras?" e "Que tipo de feedback recebo sobre minha comunicação?". Essa autoavaliação é essencial para identificar áreas de melhoria e promover ajustes que aprimorem a eficácia nas interações.

Elementos-chave da comunicação eficaz

Clareza: Uma mensagem clara e concisa evita mal-entendidos. Isso inclui ser específico, evitar jargões desnecessários e usar exemplos que facilitem a compreensão. Estruturar as mensagens de maneira lógica e revisar antes de falar ou enviar algo é uma prática recomendada para garantir que a comunicação seja precisa.

Escuta Ativa: Essa habilidade envolve prestar atenção plena ao que o outro está dizendo, sem interrupções ou julgamentos. A escuta ativa demonstra respeito e valoriza a perspectiva do outro. Ao fazer perguntas esclarecedoras e resumir o que foi dito, garantimos que a mensagem foi compreendida e criamos um ambiente de confiança.

Empatia: Colocar-se no lugar do outro promove um ambiente de respeito e compreensão. A empatia permite que líderes respondam de forma sensível, criando uma conexão mais profunda e um ambiente de trabalho colaborativo e harmonioso.

Assertividade: Expressar pensamentos e sentimentos de maneira direta, porém respeitosa, é uma característica essencial na liderança. A comunicação assertiva evita o comportamento passivo ou agressivo, fortalecendo a confiança e o respeito mútuo. Ser claro e direto em nossas expressões, sem desrespeitar o outro, promove relacionamentos saudáveis e produtivos.

O Poder do feedback e da comunicação não verbal

Feedback construtivo é uma ferramenta poderosa para promover o crescimento. Focar em comportamentos específicos e oferecer sugestões práticas evita julgamentos pessoais e ajuda a corrigir possíveis falhas. Aceitar feedback com disposição e receptividade também é crucial para o aprimoramento contínuo.

A comunicação não verbal também desempenha um papel vital. Postura, gestos, expressões faciais e contato visual reforçam ou contradizem nossas palavras. Estar atento à nossa linguagem corporal e garantir que ela esteja alinhada com a mensagem verbal fortalece nossas interações e influencia positivamente as relações interpessoais.

Desenvolvimento contínuo das habilidades de comunicação

A comunicação eficaz é uma habilidade que requer prática contínua. Participar de workshops, buscar feedback construtivo e estar aberto ao aprendizado são maneiras de aprimorar essa capacidade. Manter uma mentalidade aberta, explorar novas abordagens e adaptar estratégias de comunicação são essenciais para o desenvolvimento como líder.

 Líderes que dominam a comunicação eficaz são capazes de inspirar e motivar suas equipes, criando ambientes colaborativos e produtivos. A comunicação clara e persuasiva fortalece a coesão da equipe, aumenta a satisfação e melhora o desempenho geral.


Reflexões

Como são minhas habilidades de comunicação atualmente?

Identifique seus pontos fortes e desafios na comunicação, como se sente em situações de conversas difíceis ou em público.

Quais áreas da comunicação preciso melhorar?

Explore aspectos da comunicação em que pode se desenvolver mais, como habilidades de escrita ou assertividade.

Como posso ser mais assertivo e empático?

Pense em maneiras de expressar-se claramente e com respeito, enquanto demonstra empatia em suas interações diárias.

Ao refletir sobre suas habilidades de comunicação, você estará dando um passo importante em direção ao desenvolvimento de uma liderança mais eficaz e conectada. A prática contínua de clareza, escuta ativa, empatia e assertividade transformará sua comunicação, ajudando a fortalecer seus relacionamentos e a alcançar seu pleno potencial como líder.


Fonte:  

DENIS LOPES (LINKEDIN). https://www.linkedin.com/pulse/influ%C3%AAncia-comunica%C3%A7%C3%A3o-do-drag%C3%A3o-denis-lopes-f3fvf/?trackingId=IN17pDlZQsmAJLDspyf3hg%3D%3D . EM 30/10/2024. 

 

Para uma educação anti-fake News

 




A educação anti-fake news é essencial na contemporaneidade, especialmente à luz das reflexões de Hannah Arendt sobre a crise educacional e a importância do pensamento crítico. Arendt argumenta que a capacidade de distinguir entre verdade e a mentira é fundamental para a vida pública e para a responsabilidade cívica. Ela alerta que um povo que não consegue discernir entre esses conceitos está vulnerável ao domínio da mentira, o que pode levar à manipulação e à perda de liberdade

Nesse contexto, a educação deve ser um espaço de formação crítica, onde os jovens aprendam a questionar e a analisar informações. A Finlândia destaca-se como um exemplo positivo nesse campo. O país implementou um currículo nacional que inclui educação midiática desde 2016, capacitando alunos a identificar e combater notícias falsas. Essa abordagem não se limita apenas ao ensino de habilidades técnicas, mas promove uma compreensão mais profunda do papel da informação na sociedade.

Estudos demonstram que a educação anti-fake news não apenas melhorou a alfabetização midiática dos estudantes, mas também fortaleceu a sua capacidade de participação democrática. Pesquisas indicam que alunos expostos a esse tipo de educação tendem a ser mais críticos em relação ao conteúdo consumido e mais engajados em discussões cívicas.

Além disso, iniciativas como a da Finlândia mostram que quando os educadores são capacitados para abordar questões de desinformação, eles podem criar um ambiente de aprendizagem mais eficaz e relevante.

Portanto, seguindo o pensamento arendtiano, é imprescindível que as instituições educacionais assumam a responsabilidade de preparar os jovens para um mundo saturado de informações. Isso não apenas preserva o espaço público como um lugar de diálogo e ação, mas também garante que as novas gerações possam contribuir para uma sociedade mais informada e justa.

 

Exemplo no combate à fake news, Finlândia investe em educação de mídia na escola: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2024/10/20/exemplo-no-combate-a-fake-news-finlandia-investe-em-educacao-de-midia-na-escola.ghtml

 

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Ações afirmativas em um contexto de desigualdade social

 


Em um país marcado desde sempre por desigualdades sociais, econômicas e políticas, as ações afirmativas se revestem de uma importância capital, pois apenas elas são capazes de minimizar o fosso entre os que possuem muito e os que não possuem 'quase' nada.

Esta situação, inicialmente posta, ou seja, as desigualdades sociais crônicas, foi bem descrita por Leitão em sua obra Licitações Públicas Antidiscriminatórias, publicada recentemente pela Editora Fórum, em que esclarece que “a sociedade brasileira está marcada desde sempre pela existência de grupos que recebem um olhar privilegiado dos governos, situação que se acentuou nos anos que aconteceram ao golpe de 1º de abril de 1964”.

Infelizmente, essa herança autoritária e discriminatória influenciou, por longos anos, as políticas públicas, dificultando a construção de uma sociedade mais justa, equilibrada e igualitária.

No entanto, nos últimos anos, as políticas afirmativas, ou seja, aquelas voltadas para as pessoas socialmente preteridas através da instituição de políticas discriminatórias positivas, como assevera Carvalho, certamente, humanizaram as relações ao vislumbrar a possibilidade de tratar de forma desigual os desiguais, possibilitando que os mecanismos de inclusão sejam vistos como fatores de transformação social.

Neste sentido, as atuais políticas públicas, em sua maioria, visam conferir, segundo Feres Júnior, citado por Leitão, os recursos ou direitos aos membros de grupos sociais desfavorecidos, o que vem aumentando o acesso à educação, à saúde, ao emprego e aos bens essenciais, etc.

Esta mudança de paradigma no que tange à inclusão social é crucial para a redução das desigualdades históricas no Brasil. Contudo, é fundamental que estas políticas não se limitem apenas à ações assistencialistas, ou seja, aquelas que se referem a práticas que visam fornecer ajuda pontual e imediata às pessoas em situação de vulnerabilidade, sem abordar as causas estruturais da pobreza.

Uma das últimas iniciativas nesse aspecto tem a ver com a inclusão de mulheres vítimas de violência doméstica, um fato que, segundo Leitão, se agravou principalmente no cenário da pandemia da Covid-19. Sendo assim, a Lei nº 14.133 de 2021, conhecida como a Nova Lei de Licitações e Contratos, inovou ao levantar uma preocupação central com a função social das licitações públicas.

No entanto, é preciso frisar que, historicamente nem sempre houve essa preocupação. Mas com o advento do Estado Social, a preocupação com a isonomia material, lançou há muito tempo as bases para que a NLLC pudesse respaldar, ou seja, observasse a necessidade de que os editais passem a exigir das empresas contratadas, um percentual mínimo de mão de obra formada por vítimas de violência doméstica.

Esta medida é absolutamente bem-vinda num cenário onde historicamente se valoriza mais a igualdade formal em detrimento da igualdade material. 

Recorrendo a Aristóteles, como bem fez Leitão, essas duas realidades são diametralmente opostas. Na primeira, não existe a preocupa com a isonomia, observando apenas a letra fria da lei (igualdade perante a lei e na lei). Enquanto que, na segunda existe um olhar mais humanizado, fazendo com que seja oferecido um tratamento desigual às pessoas na medida em que as desigualdades crônicas se revelam. neste contexto o tratamento diferenciado é cruciual para a redução das vicissitudes sociais. 

Entretanto, é essencial uma reflexão sobre essas medidas: será que as ações afirmativas são suficientes para transformar profundamente a estrutura social? É necessário ir além das políticas pontuais e assistencialistas; deve-se promover uma verdadeira reestruturação dos sistemas sociais e econômicos para garantir não apenas o acesso temporário aos recursos, mas também uma mudança nas condições de vida dos grupos marginalizados.

A luta pela equidade deve ser contínua e engajadora para, efetivamente, romper com ciclos históricos de exclusão e opressão. 

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